A final..

E são em noites de chuva como essa que eu não gosto de dormir, não gosto e não consigo, tudo vem a tona em minha mente, tudo, literalmente. Qualquer rima boba, qualquer música tola, qualquer sms da operadora me faz lembrar tudo, e qualquer coisa. Queria poder estar lá fora sentada na chuva, sem ter medo de nada, sem alimentar esses pesadelos que insistem em não sair de mim, mas a final, do que eles vivem? Do que se alimentam? Não sei, eu quero descobrir. Eles não têm horas para aparecer. Parece aquele romance de filme que vem do nada sabe? E eles vêm com tudo, sem dó e com toda vontade.
Protejo-me e resisto assim, sem nada. Já deixei todas as minhas armas para trás, nenhuma nunca adiantou, quem sabe os pesadelos ficam com pena de mim e vão embora, que nostalgia seria. Mas esse pensamento é errado, é fraco, é covarde. Não quero que tenham pena de mim, tenho cicatrizes porque sou forte, e tive coragem de ir para a guerra contra mim mesmo.
Bom, será? Será que isso foi coragem ou burrice? A final, quem ganha essa guerra?

   - Caroline Zequin